Nesta sexta-feira, 23, os índices futuros de Nova York iniciam o dia com ganhos reduzidos, enquanto investidores aguardando os novos dados de inflação no país.

No Brasil, a aprovação de uma PEC da Transição mais enxuta ajudou a bolsa local a fechar em leve alta na véspera. Nesta manhã, o mercado segue avaliando os nomes anunciados pelo futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para compor quatro secretarias da pasta: Rogério Ceron (Tesouro Nacional), Robinson Barreirinhas (Receita Federal), Guilherme Mello (Política Econômica) e Marcos Barbosa Pinto (Reformas).

Na agenda econômica, destaque para a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de dezembro. Nos Estados Unidos,os olhares se voltam para a divulgação do Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal (PCE) de novembro.

Principais assuntos de hoje

  • 2022: um ano ano marcado pela ausência de IPOs;
  • Chainlink é um bom investimento?

2022: um ano marcado pela ausência de IPOs

O ano de 2022 foi muito difícil para novas listagens. Tanto que até novembro — dado mais recente divulgado pela B3 —, a bolsa perdeu 14 empresas. E não ganhou nenhuma.

Sim, você leu certo. Neste ano a CVM não realizou nenhum registro de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

Muitas empresas tiveram seus registros cancelados pelo "xerife do mercado" pela falta de envio de documentos periódicos e outros problemas.

Mas muitas operações também foram suspensas ao longo do ano por causa da turbulência nos mercados.

Cancelamento de IPOs

Segundo Danielle Lopes, analista de ações da Nord Research, a conjuntura que combina juros maiores, desaceleração econômica global e tensões geopolíticas diminuiu o apetite dos investidores pela renda variável e aumentou o interesse pela renda fixa.

“Nossos juros saíram dos 2% para 13,75% atuais. Isso fez com que os investidores voltassem à busca por ativos de renda fixa, retomando a volatilidade usual da bolsa, mas com receios em relação ao novo cenário fiscal no Brasil, volta do ambiente inflacionário e também preocupações com o mercado externo. Dessa vez, não foi somente o Brasil que sofreu as consequências de juros e inflação em alta”, afirma Lopes.

Segundo dados publicados pelo Valor, a capitalização de mercado das 449 empresas listadas na B3 caiu R$ 193 bilhões no acumulado de 2022, totalizando R$ 4,409 trilhões em novembro.

Menos investidores, menos captação de recursos financeiros na bolsa.

Empresas que saíram da bolsa em 2022


O movimento de retração pode ser observado no mercado como um todo. Entre os exemplos estão nomes como Americanas, antes com dois tickers (LAME3 e LAME4) e agora unificou a base acionária para AMER3; a combinação de negócios de Hapvida e Intermédica — ticker único HAVP3; a fusão entre Unidas e Localiza — ficando as ações de RENT3; Focus Energia e Eneva — permanecendo as ações ENEV3; Mosaico e Banco Pan — restando as ações de BPAN4; e o Inter que foi para a Nasdaq, ficando apenas o BDR INBR32 na B3.

Arrumando as malas, com processos de OPAs em andamento atualmente, estão empresas como Boa Vista, Getnet e Fertilizantes Heringer.

Veja as empresas que possuem chances de saírem da B3 em 2023:

  • brMalls com incorporação por Aliansce Sonae (ALSO3);
  • Hermes Pardini com incorporação por Fleury (FLRY3);
  • SulAmérica com incorporação pela Rede D’Or (RDOR3);
  • Dommo com incorporação pela PetroRio (PRIO3);
  • Getnet (GETT11) e Alliar (AALR3) -  cancelamento de seu registro de oferta pública.

O que esperar para as ofertas públicas em 2023?

As perspectivas para IPOs no ano que vem não são das melhores. Por outro lado, considerando o cenário ainda incerto, as empresas de capital aberto devem abrir mais processos de follow-on.

“Com a oferta de mais papéis no mercado (follow-on) as empresas podem seguir com sua captação de recursos, estruturação e reforço de balanço e financiamento para o crescimento mesmo em um cenário mais complicado”, diz a analista.

Ela acrescenta que as expectativas são baixas para novas ofertas em 2023. "Não imagino que tenhamos um ritmo forte de ofertas se a visibilidade não melhorar para o segundo semestre de 2023, com queda de juros e ambiental mais favorável para mercado de capitais. Para falarmos sobre o segundo semestre de 2023 e começo de 2024, temos que acompanhar tudo que será feito com muita cautela logo no começo do ano”, diz a analista.

Chainlink: 5 razões pelas quais você deveria investir nessa moeda


O ano de 2022 no mercado cripto vai se tornar filme ou série. Além das condições macroeconômicas, quatro colapsos geraram perdas e turbulências para os investidores.

A começar pelo fim da Terra (LUNA) e a crise de confiança que isso gerou no mercado. Depois veio a crise na Celsius com debandada do CEO da plataforma. Na sequência, a insolvência da gestora de fundos de investimentos em criptomoedas Three Arrows Capital (3AC) e, por último, o colapso da FTX com direito a plot twist: o fundador da plataforma, Sam Bankman-Fried, enfrenta oito acusações de fraude criminal.

O que mais pode acontecer de ruim para o mercado cripto? Este pode ser o melhor momento para investir em moedas digitais.

Cenário instável derruba criptomoedas

Em momentos de crise, os mercados de risco acabam sofrendo uma evasão de capital. Na busca por mais segurança, os investidores começam a alocar os ativos em renda fixa, reservas de valor e caixa. E o mercado de criptoativos, por ser volátil na maioria do seu tempo, sofre do mesmo mal.

Um cenário de juros altos também gera um desincentivo ao risco para operadores de mercado.

Afinal, se você tem um ativo “extremamente seguro” (bonds americanos), com uma rentabilidade satisfatória, não tem por que expor grande parte do seu capital ao risco, certo?

Tem uma frase famosa que diz: “Compre ao som dos canhões e venda ao som dos violinos”.

Quando todos estiverem desesperados, ou quando ninguém falar mais de um ativo ou de um mercado, pode ser uma boa hora de comprar. Quando todos falarem do mesmo ativo e o celebrarem constantemente, é bom pensar em vendê-lo.

A melhor criptomoeda para investir

Apesar do quadro mais complicado para ativos de risco, Luiz Pedro, analista responsável pela carteira Nord Crypto Master, acredita na tese promissora da Chainlink.

A Chainlink é a maior provedora de oráculos descentralizados do mercado. O que isso quer dizer? Ela é a responsável por fazer a ponte entre os dados do mundo real e a blockchain, disponibilizando-os para os smart contracts (contratos inteligentes).

Simplificando o que é um contrato inteligente e todo esse processo: smart contracts são sistemas de contratos utilizados para executar ações de forma automática, sem a necessidade de uma empresa, governo ou entidade para intermediar.


Para compreender na prática, vamos a um exemplo:

Quando você pede um Uber para ir da sua casa até o aeroporto, por exemplo, você está estabelecendo um contrato. A condicional do contrato é: se o motorista te buscar no seu ponto de partida e te levar até o seu destino, você vai pagá-lo. Caso contrário, não haverá a transação monetária.

Imagine que, chegando ao aeroporto, você encontra uma máquina de chocolates. Quando você adiciona a quantidade de cédulas em dinheiro necessária para receber um produto e depois digita o número correspondente à quantidade desejada de chocolate, você está executando uma ação.

A máquina, por sua vez, interpretará a sua ação e gerará um resultado baseado em uma programação predefinida pelo seu criador. Temos, assim, duas ações programadas de contratos inteligentes.

Mas a blockchain não possui comunicação em tempo real com o mundo externo, o que faz com que diversas possibilidades de contratos inteligentes que envolvam dados externos à blockchain não sejam viáveis.

É aí que surge a Chainlink.

A Chainlink visa resolver o problema do oráculo, uma limitação das blockchains que as impede de se conectar a recursos de dados externos que existem fora do ecossistema.

Basicamente, a Chainlink tem o objetivo de ser a ponte dos dados em tempo real no mundo externo e blockchain, dando a possibilidade de modelos de negócios amplos através de contratos inteligentes.


O único problema da Chainlink era o aspecto econômico do seu token, o LINK.

A complicação do tokenomics está na baixa quantidade de tokens em circulação, o que decorre de uma centralização do ativo nas mãos dos desenvolvedores que, quando necessário, despejam para bancar o desenvolvimento do projeto, cuja composição é de devs ativos (30% da oferta) e políticas de incentivo do projeto (35% da oferta).

Esses tokens entrando em circulação através da venda por parte da equipe impactam negativamente o preço e foi exatamente o que ocorreu no ano passado.

Gráfico da moeda digital Chainlink em reais. Por volta das 15h20, de 22 de dezembro de 2022, era cotada a R$ 30,51.
Fonte: CoinMarketCap

No entanto, isso está prestes a mudar.  Na verdade, já está mudando. Segundo nosso analista de criptoativos, ocorreram alterações significativas com atualizações descritas no seu novo roadmap, Chainlink 2.0.

“A atualização da Chainlink que mais chama a atenção do mercado é a implementação do staking, ou seja, a possibilidade de travar seus tokens e receber recompensas lineares a uma taxa anual, prática muito comum no mercado cripto”, comenta Luiz Pedro.

O seu novo roadmap incluiu várias iniciativas para proteger e aprimorar as redes Oracle, entre elas:

  • O staking que foi lançado recentemente, no início de dezembro, e após a liberação do Chainlink Staking v0.1, toda a capacidade de staking da Chainlink foi realizada em dois dias. Sendo um ponto positivo, passa confiança, mostrando que a demanda e que usuários estão dispostos a participar da rede.
  • CCIP ou Cross Chain Interoperability Protocol, permitirá que as blockchains se comuniquem entre si, e isso inclui contratos inteligentes. Abrirá um novo tipo de dApps anteriormente inimaginável devido à natureza fechada das blockchains.
  • Parceria com Swift, que é um sistema financeiro internacional e tem a função de permitir a troca de informações bancárias e transferências entre as instituições financeiras, e conecta-se com mais de 11.000 bancos.

    Essa parceria, desencadeia que transações sejam feitas em blockchain e, por meio do CCIP, seja feita a interoperabilidade entre diversas redes, otimizando e deixando mais eficiente o sistema que hoje leva alguns dias para concluir transações.

Conheça o Nord Crypto Master

A Chainlink (LINK) é apenas um dos dez ativos da carteira do Nord Crypto Master que consistentemente melhoraram suas tecnologias, além do fato de que desenvolveram seus ecossistemas apesar do preço de seus ativos.

Se você quiser saber quais os outros ativos para comprar neste momento, vou deixar aqui um convite para você conhecer a série.

Nessa assinatura, Luiz e sua equipe compartilham os principais insights, assim como os melhores ativos para você comprar, em uma carteira que vem batendo constantemente os benchmarks.

Agora é a melhor hora de se preparar para o futuro e eu espero, de verdade, que você não deixe essa oportunidade passar.


Assista ao nosso principal vídeo


As empresas estatais listadas em bolsa perderam bilhões em valor de mercado desde a eleição de Lula.

A Petrobras, por exemplo, afundou quase 10% na quarta-feira, dia 14, após mudanças na Lei das Estatais.

A ação do Banco do Brasil, também controlado pelo governo, despencou com a medida.

Com todas essas quedas na bolsa, fica a dúvida: é hora de vender PETR4 e BBAS3?

Bruce Barbosa, sócio-fundador e analista de ações da Nord, explica o que fazer com os papéis das estatais.

Assista agora no canal da Nord no YouTube.


Meme do dia

Asfalto esburacado em rua na região da Faria Lima na cidade de São Paulo
Fonte: Faria Lima Elevator via Twitter/ Reprodução