Anatel processa e concessão da Oi (OIBR3) pode acabar
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu processo administrativo que pode resultar na cassação da outorga da concessão da Oi (OIBR3).
O objetivo do processo de caducidade é verificar se a operadora cumpriu (ou não) obrigações definidas na concessão de telefonia fixa.
Caso seja comprovado que a empresa não cumpriu seus compromissos e os prazos, a tele pode perder a concessão.
Operações da Oi
A Oi tem aproximadamente 7,5 milhões de clientes em telefonia fixa e opera em todo o país, com exceção de São Paulo. A área de telefonia móvel (Oi Móvel) foi vendida, no ano passado, para as empresas Claro, Tim e Vivo, e os clientes já foram migrados.
Atualmente, o melhor ativo da companhia é a participação societária na V.Tal (cerca de 34,1%), empresa que está sob controle do BTG Pactual.
Não é possível calcular ainda o impacto que a perda nas operações (de telefonia fixa) representaria para a Oi. A abertura do processo não significa que a empresa terá a concessão cassada.
O que aconteceu com a Oi 2023?
Em 2023, a Oi deu entrada no seu segundo processo de recuperação judicial (RJ), com uma dívida de R$ 40 bilhões.
No sábado, 20 de maio, a Oi publicou documento sobre a aprovação do plano de recuperação judicial pelo Conselho de Administração.
A decisão deve trazer certo alívio à Oi. No entanto, a perspectiva de que a operadora consiga cumprir com os seus compromissos é baixa.
A empresa queima caixa, ou seja, ela tem dificuldade em conciliar a manutenção das suas operações, os investimentos em expansão de fibra e o pagamento das dívidas e juros.
É uma boa ideia comprar ações da Oi?
Não recomendamos a compra de OIBR. Nós, do Nord Deep Value, saímos da pequena posição em Oi que tínhamos no começo deste ano, após as primeiras sinalizações que a companhia poderia ter a segunda RJ. Nossa tese inicialmente era baseada no potencial da V.tal, subsidiária de fibra no atacado, na qual a Oi acabou reduzindo de forma relevante sua participação.