Maiores altas e baixas do Ibovespa em janeiro 2024; PETR4 é a que mais sobe
Em janeiro, das 87 ações que compõem o Ibovespa, 70 posições encerraram em queda e apenas 17 em alta.
O principal destaque positivo no mês foi a Petrobras (PETR4), com alta de +8,62%, enquanto a maior baixa foi para as ações da Gol, que caíram -68% no período.
Sumário
- 5 ações que mais subiram em janeiro
- 1. Petrobras (PETR4) +8,62%
- 2. Cielo (CIEL3) +7,49%
- 3. Grupo Soma (SOMA3) +6,31%
- 4. Ultrapar (UGPA3) +6,26%
- 5. PetroReconcavo (RECV3) +6,12%
- 5 ações que mais caíram em janeiro
- 1. Gol (GOLL4) -68,00%
- 2. Casas Bahia (BHIA3) -30,67%
- 3. MRV (MRVE3) -29,83%
- 4. Vamos (VAMO3) -18,87%
- 5. Braskem (BRKM5) -18,53%
5 ações que mais subiram em janeiro
Empresa | Ticker | Variação |
Petrobras | PETR4 | +8,62% |
Cielo | CIEL3 | +7,49% |
Grupo Soma | SOMA3 | +6,31% |
Ultrapar | UGPA3 | +6,26% |
PetroReconcavo | RECV3 | +6,12% |
1. Petrobras (PETR4) +8,62%
Acompanhando a alta do preço do petróleo em janeiro, que saiu de US$ 77,63 para US$ 80,47 (+4,45%), a Petrobras puxou a fila das maiores altas do Ibovespa no período, subindo +8,62%. Cabe ressaltar que o desempenho se deu mesmo com o anúncio da volta dos investimentos na refinaria Abreu e Lima (PE), que não foi bem recebida pelo mercado. Ao que tudo indica, a forte geração de caixa e os bons pagamentos de dividendos seguem sendo os motivos do fluxo comprador.
2. Cielo (CIEL3) +7,49%
Em segundo lugar no ranking de maiores altas, estão as ações da Cielo, que já acumulavam alta de +44,45% entre setembro e dezembro de 2023, e que registraram alta de +7,49% no último mês, mesmo com o relatório do Goldman Sachs mantendo sua recomendação como “neutra” no papel. A empresa, porém, deve manter seus bons pagamentos de dividendos no ano atual (dividend yield de 6%), o que vem sendo um fator importante na tomada de decisão dos investidores ultimamente.
3. Grupo Soma (SOMA3) +6,31%
As ações do Grupo Soma estavam apresentando queda de -8,68% até o penúltimo dia de janeiro. Porém, após a notícia (confirmada posteriormente pela empresa) de uma potencial fusão com a Arezzo, seus papéis dispararam +16,81% na bolsa brasileira no dia 31, o que fez com que figurassem entre as maiores altas do mês. Sobre a transação, as empresas ainda estão em tratativas, mas tende a ser algo benéfico para ambas, já que poderia gerar sinergias de cerca de R$ 4,5 bilhões.
4. Ultrapar (UGPA3) +6,26%
Os papéis da Ultrapar, que já haviam registrado a 3ª maior alta do Ibovespa em 2023 (+114,66%), mais uma vez figuraram entre os destaques positivos em 2024, com a 4ª maior alta de janeiro. O setor de distribuição de combustíveis segue em alta entre os analistas de sell side, porém seguimos com nossa preferência por Vibra (VBBR3), que possui maior visibilidade de crescimento (além de pagamento de dividendos) e tem um valuation mais atrativo, negociando a 8x Ebitda.
5. PetroReconcavo (RECV3) +6,12%
Assim como a Petrobras, outra petroleira que seguiu o mesmo ritmo do preço do petróleo foi a PetroReconcavo, cujas ações subiram +6,12%. Além disso, seus papéis também foram beneficiados pela proposta enviada por um dos principais acionistas da 3R Petroleum (Maha Energy) de “fusão” entre seus ativos terrestres, o que seria positivo para ambas as partes. A 3R já está em contato com alguns bancos para assessorarem a transação, que deve, de fato, acontecer em breve.
5 ações que mais caíram em janeiro
Empresa | Ticker | Variação |
Gol | GOLL4 | -68,00% |
Casas Bahia | BHIA3 | -30,67% |
MRV | MRVE3 | -29,83% |
Vamos | VAMO3 | -18,87% |
Braskem | BRKM5 | -18,53% |
1. Gol (GOLL4) -68,00%
Acumulando uma queda de -68,00%, as ações da Gol lideraram a lista de maiores baixas do mês de janeiro e estão oficialmente fora do Ibovespa e de todos os outros índices da B3 a partir de agora. O movimento é apenas um reflexo da situação operacional e financeira da companhia, que vem acumulando uma série de resultados negativos, elevando seu endividamento e acaba de aprovar sua recuperação judicial nos EUA. Alguns analistas chegaram a reduzir seus “preços-alvo” em até 90%.
2. Casas Bahia (BHIA3) -30,67%
Em segundo lugar no ranking de maiores baixas, estão as ações do Grupo Casas Bahia, que já haviam acumulado queda de -81,03% em 2023 e que caíram mais -30,67% em janeiro deste ano. O mercado segue cauteloso com a reestruturação da companhia e em relação a como ela vai se financiar a partir de agora após uma captação bem abaixo das expectativas em follow-on no último ano. Ainda que exista um plano de transformação em andamento, muitas dúvidas ainda pairam sobre o futuro da varejista.
3. MRV (MRVE3) -29,83%
As ações da MRV foram pressionadas em janeiro em meio aos rumores sobre uma possível revisão de seu guidance para baixo (que não aconteceu) e com temores sobre os impactos da MP de reoneração da folha de pagamentos nos resultados das incorporadoras brasileiras. Apesar da pressão de curto prazo, a companhia segue com um grande potencial de crescimento, podendo atingir um lucro líquido de até R$ 1,6 bilhão (segundo suas projeções) em 2025 e negociando a apenas 3,5x lucros 2025.
4. Vamos (VAMO3) -18,87%
Em meio às incertezas no setor agrícola para 2024 e seus impactos nos resultados da Vamos, as ações da locadora de caminhões caíram -18,87% em janeiro deste ano. Apesar da pressão, que também pode estar ligada à sua alavancagem atual, a companhia deverá encerrar o ano com crescimento de +30% em sua receita e quase +50% em seu Ebitda — ou seja, ao que tudo indica, o mercado parece ter adotado, novamente, um pessimismo exagerado com VAMO3, ainda mais negociando a 6x Ebitda.
5. Braskem (BRKM5) -18,53%
Fechando a lista de maiores baixas, estão as ações da Braskem, que seguem sendo afetadas pelos desdobramentos das investigações dos danos causados pela petroquímica em uma de suas minas de sal-gema em Maceió (AL). Além de possíveis consequências diretas de novos processos em seus resultados, o mercado também segue atento a outras implicações, como possíveis dificuldades para a venda da posição da Novonor na companhia.