A americana AES contratou os bancos Goldman Sachs e Itaú para vender seus ativos de geração de energia elétrica e sair do Brasil.

A notícia foi publicada pelo colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, em um momento de mercado macro/setorial incerto por conta da possibilidade do governo retomar suas influências até mesmo em empresas privadas do país, além do movimento de variação de preço desafiador no mercado livre de energia.

Em nota, a companhia respondeu que sua controladora “avalia alternativas para financiar o crescimento da companhia e melhorar sua estrutura de capital”. 

Quem é o dono da AES Brasil?

AES Brasil (AESB3) tem valor de mercado de R$ 6,8 bi, e, entre os principais acionistas, além da americana AES, está o BNDESPar, braço de participações do BNDES.

A americana AES está no país desde 1997 e investiu no setor em meio às privatizações realizadas pelo governo de FHC.

Saída da AES não seria uma grande surpresa

Em maio de 2021, a companhia também recebeu aviso do controlador para buscar a organização da estrutura de capital. Nos últimos cinco anos, o controlador da companhia participou das duas ofertas secundárias (follow-ons), o que nos faz pensar que ele tentará manter os investimentos locais. 

Além disso, a possível compra por parte da Eneva, que tiraria o controlador de AES do país, também não ocorreu.

Seguimos acompanhando as notícias e mantemos nossa recomendação de compra das ações da companhia em nossa carteira, Nord Dividendos.