As ações da Oi (OIBR3; OIBR4) desabaram na quinta-feira, 2, após a companhia ter anunciado um pedido de proteção contra credores.

Reagindo à possibilidade de a Telefônica entrar com novo pedido de recuperação judicial, os papéis recuaram 31,78% e encerraram o pregão da véspera cotados a R$ 1,61.

O movimento acontece quase 45 dias após a Oi sair de um processo de recuperação judicial em dezembro.

O recurso

O pedido da Oi foi feito à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro – a mesma medida utilizada pela Americanas, que, na primeira quinzena de janeiro, conseguiu uma proteção de 30 dias contra a cobrança de dívidas.

No fato relevante relacionado ao assunto, a tele afirmou que a liminar protetiva “visa à suspensão da exigibilidade de certas obrigações, visando à proteção do seu caixa e à continuidade das negociações com os seus credores de forma equilibrada e transparente".

Em outras palavras, a companhia não tem capacidade para cumprir com os pagamentos de algumas dívidas que hão de vencer no curto prazo e, para proteger seu caixa de bloqueios, enviou esse requerimento à Justiça.

Oi vai entrar em recuperação judicial de novo?

Segundo o colunista Lauro Jardim, advogados da Oi querem a suspensão de pagamentos de dívidas da Oi até que a Justiça decida sobre o novo pedido de recuperação judicial, que pode ser feito nos próximos dias.

Fabiano Vaz, analista da Nord Research, aponta que a notícia é bem negativa e mostra a grande dificuldade da Oi em manter suas operações, investir na expansão da fibra óptica e pagar seus credores.

Endividamento


O documento, obtido pelo Valor, aponta que a Oi tem dívidas financeiras de R$ 29 bilhões, com os advogados afirmando que a estrutura de capital permanece insustentável mesmo após o processo de recuperação judicial.

A Oi reforça que vinha negociando a reestruturação de sua dívida, mas não conseguiu chegar a um acordo final com seus principais credores financeiros.

Ação da Oi: vale a pena investir?


O nosso analista avalia que, por ora, é preferível ficar fora do papel, principalmente estando perto de iniciar um novo processo de recuperação judicial.

“Recentemente, começamos a reduzir nossa alocação em OIBR, com foco em zerar a posição no ativo e, no lugar, comprar ações de Kepler Weber (KEPL3), Mills (MILS3) e Petroreconcavo (RECV3)”, diz Vaz.

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