Como se transformar em um investidor de sucesso, segundo J.P. Morgan
Durante esta semana, me deparei com um conteúdo de excelente qualidade, publicado pela J.P. Morgan Asset Management, destinado a todo tipo de investidor.
No material, a gestora elenca alguns princípios que devem ser seguidos pelos investidores para que o sucesso no mundo dos investimentos seja atingido no longo prazo.
Aproveito este espaço para compartilhar com vocês o conteúdo.
“A chave de um investidor de sucesso não está em prever o futuro próximo, mas aprender com o passado e entender o presente." - J.P. Morgan Asset Management
1. Planeje de acordo com uma maior expectativa de vida
A expectativa de vida ao redor do mundo aumentou consideravelmente nas últimas décadas e as pessoas estão cada vez vivendo mais. Atualmente, para um casal com 65 anos, é bem provável que eles cheguem a viver 90 anos ou mais. As pessoas devem se planejar para viver bem mais do que no passado, possivelmente até os 100 anos, principalmente aqueles com bom histórico de saúde e longevidade na família. Seu planejamento financeiro deve levar em conta isso.
2. Cash isn't always the king (Nem sempre o dinheiro é o rei, em português)
Desde o começo de 2022, o Banco Central dos Estados Unidos aumentou a taxa de juros de uma maneira não vista em muitas décadas. Como resultado, pela primeira vez em muito tempo, o dinheiro parece ser um investimento bom de se ter. Certamente, ter dinheiro para despesas do dia a dia e potenciais emergências faz parte de um planejamento financeiro saudável.
Isso colocado, é também importante considerar o custo de oportunidade de segurar muito dinheiro em sua conta bancária. Historicamente falando, altas taxas de juros não se mantêm por muito tempo e os retornos de outros ativos financeiros, que não renda fixa, foram melhores do que deixar o dinheiro nos juros de curto prazo.
3. Aproveite o poder dos dividendos e reinvestimento
Um investimento inicial de US$ 10.000, no Índice S&P500, teria crescido para US$ 88.000 durante os últimos 30 anos. Entretanto, se os dividendos pagos pelas empresas tivessem sido reinvestidos, o mesmo montante teria se tornado quase US$ 160.000.
4. Evite vieses emocionais aderindo a um plano de longo prazo (parte 1)
Em tempos bons e tempos ruins, não mude seu plano. Os investidores ficam tentados a mudar seus investimentos a depender do momento de mercado e por isso falham em rebalancear suas carteiras. Em outras palavras, eles falham em manter o plano de longo prazo, o que resulta em um significativo desvio em termos de resultados potenciais.
5. Evite vieses emocionais aderindo a um plano de longo prazo (parte 2)
O viés de investir apenas no seu próprio país. Apesar de os Estados Unidos serem a maior economia do mundo, representam apenas uma fração do PIB mundial e menos de 50% do valor das bolsas de valores mundiais.
Entretanto, estatísticas mostram que os investidores americanos possuem cerca de 75% de seus investimentos em ativos americanos, indicando um viés muito forte em investir apenas no país em que nasceram, perdendo muitas oportunidades no exterior .
Se isso é verdadeiro para eles, imagine para nós, brasileiros.
6. A volatilidade (sobe e desce) é normal, não deixe que ela te desvie
Em todo ano temos momentos difíceis nos mercados, sejam eles quais forem. Os pontos vermelhos no gráfico abaixo mostram a queda máxima durante o ano do índice S&P500, desde 1980.
Apesar dessas quedas não poderem ser previstas, elas podem ser esperadas, afinal, os mercados de ações sofreram quedas de dois dígitos em 24 dos últimos 43 anos.
Apesar dessas quedas, em aproximadamente 75% de todos esses anos, os mercados encerraram o período com valorização no acumulado do ano. A conclusão é de que apesar da volatilidade, o investidor não deve perder a visão de alocação de longo prazo.
7. A diversificação funciona
Diversificar sua carteira de investimentos é uma estratégia vencedora no longo prazo. Os últimos 15 anos foram tumultuados e muito voláteis em termos de investimentos, com diversos desastres naturais, eventos geopolíticos negativos, uma pandemia e duas grandes crises nos mercados.
Apesar de todas essas dificuldades, a posição em caixa teve um dos piores desempenhos no período. Enquanto isso, carteiras bem diversificadas entre ações, renda fixa e outros ativos retornaram algo perto de 6% ao ano e 150% no acumulado.
8. Permanecer investido conta muito no desempenho da sua carteira
O famoso market timing (acertar os momentos de alta e baixa do mercado) pode ser um hábito perigoso. Em alguns momentos, os investidores acreditam que podem ser mais inteligentes do que o mercado. Já em outros, o medo e a ganância pesam sobre o emocional, em vez de decisões lógicas.
Quando os investidores ficam com medo, é normal que eles vendam os investimentos mais arriscados, principalmente ações. Entretanto, dados mostram que tentar fazer esse tipo de escolha é um erro.
Apesar de os mercados sempre terem dias, semanas, meses ou até mesmo anos ruins, a história sugere que os investidores estão menos propensos a incorrer em perdas em grandes janelas de tempo.
O gráfico abaixo mostra isso. Enquanto o retorno do mercado de ações em 1 ano mostrou grandes altos e baixos, uma carteira mista de ações e títulos de renda fixa não mostrou um retorno negativo sequer em uma janela acumulada de 5 anos, quando olhamos o histórico dos últimos 70 anos.
Por mais que os exemplos sejam baseados no mercado norte-americano, acredito que eles podem fazer grande diferença na vida de qualquer investidor.