Ações preferenciais (PN): o que são e como funcionam

Com as ações preferenciais, os investidores ganham maior estabilidade, pois a rentabilidade dos dividendos é fixa e há predileção para o pagamento a esses acionistas prioritários.

Investir em ações preferenciais (PN) pode ser uma estratégia interessante para investidores que buscam renda passiva e diversificação de portfólio.

Esses ativos têm algumas especificidades que os diferenciam das ações ordinárias e podem ser utilizados tanto em carteiras de investidores mais conservadores quanto daqueles que têm perfil mais arrojado.

Para entender bem como eles funcionam e tomar a melhor decisão na hora de aplicar o seu dinheiro, continue a leitura!

O que são ações preferenciais?

Ações preferenciais são tipos de ativos que dão prioridade aos investidores na parcela de dividendos e nos juros sobre capital próprio. Isso significa que os detentores dessas ações recebem os dividendos antes de outros acionistas, o que garante uma remuneração mais estável e segura.

Outra questão importante é que o investidor pode receber reembolso do que investiu se a empresa vier a falir. Além disso, embora não haja direito a voto em assembleias por parte dos acionistas dessa modalidade, esse direito passa a valer quando a empresa não distribui dividendos por três anos.

Como funcionam as ações preferenciais?

As ações preferenciais são emitidas pelas empresas com o objetivo de captar recursos no mercado financeiro. Seu preço, no entanto, é determinado pelo mercado, como ocorre com as ações ordinárias. No caso desses ativos, o valor dos dividendos é fixo, diferentemente de ações ordinárias, cujos rendimentos são variáveis.

Por outro lado, as empresas que emitem as PNs podem resgatá-las a qualquer instante. Se isso acontecer, você não receberá dividendos futuros.

Vale lembrar que as ações preferenciais são negociadas na Bolsa de Valores do Brasil (B3), identificadas pelo código 4 ao final, enquanto ordinárias se caracterizam pelo código 3.

É melhor comprar ações ordinarias ou preferenciais?

A escolha entre as diferentes opções de ações depende dos objetivos e da estratégia adotada pelos investidores. Elas terão representatividades distintas nas carteiras conforme haja priorização por segurança ou ambição por lucros maiores.

As ações ordinárias, por exemplo, dão aos seus proprietários o direito de voto em assembleias e a possibilidade de ganhos superiores aos de uma PN. Caso esses aspectos sejam mais relevantes que outros em uma dada estratégia de investimento, esses ativos tendem a ser priorizados.

Já acionistas que buscam um retorno mais previsível e não se importam em abdicar da participação nas decisões da companhia, podem optar pelas ações preferenciais. Elas também têm como característica uma menor volatilidade da aplicação.

Qual a vantagem das ações preferenciais?

As vantagens das ações preferenciais são:

• prioridade no recebimento de dividendos;
• resgate de ativos em caso de falência da empresa;
• menor risco em relação às ações ordinárias;
• possibilidade de conversão em ações ordinárias;
• estabilidade de renda;
• menor volatilidade em relação às ações ordinárias.

Quem pode comprar ações preferenciais?

Qualquer pessoa ou instituição pode comprar ações preferenciais. Ou seja, é um tipo de investimento bastante acessível. Essas ações são negociadas publicamente na B3 e podem ser adquiridas por meio de corretoras de valores.

Quais são as melhores ações preferenciais?

Entre as ações preferenciais mais atrativas do mercado, podemos destacar:

• AZUL4 (Azul);
• BMGB4 (Banco BMG);
• BRSR6 (Banrisul);
• BOBR4 (Bombril);
• CLSC4 (Celesc);
• CMIG4 (Cemig);
• GGBR4 (Gerdau);
• ITSA4 (Itaú SA);
• PETR4 (Petrobras);
• SANB4 (Santander);
• TELB4 (Telebras);
• USIM5 (Usiminas).

Apesar disso, determinar quais são as melhores PNs depende dos objetivos e da tolerância ao risco de cada investidor. Nesse sentido, uma assessoria especializada pode ser muito útil.

Como escolher ações preferenciais?

Para escolher ações preferenciais que se adéquem ao perfil do investidor e aos objetivos financeiros, é necessário considerar diversos aspectos. Confira abaixo.

Setor de atuação da empresa

O desempenho da empresa está diretamente relacionado ao cenário do mercado em que ela atua dentro de um contexto macroeconômico.

Alguns setores têm maior potencial de crescimento e rentabilidade do que outros, o que pode afetar o resultado das ações e o pagamento de dividendos.

Saúde financeira

Indicadores como margem de lucro, retorno sobre o patrimônio líquido, endividamento e fluxo de caixa ajudam a avaliar a capacidade da empresa de gerar receita para o investidor.

Histórico de pagamento de dividendos

É preciso verificar a frequência e a regularidade dos pagamentos de dividendos nos últimos anos. Além disso, ações com Dividend Yield (DY) elevado, isto é, que têm um índice de rendimento alto em relação ao seu valor, tendem a ser mais atrativas para os que buscam renda passiva.

Liquidez das ações

Ações líquidas são aquelas que apresentam maior facilidade de negociação no mercado, ou seja, podem ser compradas e vendidas rapidamente, de preferência com menor impacto no preço.

Investir em ações com boa liquidez reduz o risco de não conseguir vender os papéis no momento desejado e a um preço justo.

Assessoria de investimento

Entender na prática o que são ações preferenciais pode ser uma tarefa complexa, visto que requer conhecimento técnico e experiência de mercado.

Por isso, é recomendável contar com o apoio de um consultor ou assessor de investimentos que possa auxiliá-lo na análise e escolha das melhores PNs disponíveis.

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Resumindo

Quais são as ações preferenciais

As ações preferenciais são ativos que dão aos investidores prioridade no recebimento de dividendos de uma determinada empresa. Elas possuem rendimentos fixos pré-definidos e fornecem reembolso do investimento em caso de falência da corporação que recebeu o aporte.

Qual a vantagem das ações preferenciais

Os principais benefícios das ações preferenciais estão situados na prioridade no recebimento de dividendos que esses ativos fornecem aos seus proprietários, assim como no menor risco e volatilidade destas em relação às ações ordinárias.