6 ações fora do radar que merecem atenção
Sumário
O ciclo de quedas das taxas de juros beneficia investimentos de renda variável — sobretudo empresas com alto potencial de crescimento.
O crédito mais barato e a redução do custo de dívida contribuem para uma maior expansão de lucros nos trimestres seguintes.
Mapeamos seis ações fora do radar dos investidores que vale a pena ficar de olho.
Curiosamente, a maioria delas são ações menos capitalizadas, conhecidas como “small caps”, que se beneficiam diretamente de um cenário como o que estamos vivendo agora.
As small caps são ações mais sensíveis aos ciclos da economia. Assim, elas tendem a ter um desempenho ainda melhor com a queda de juros.
6 ações fora do radar que podem disparar
1. Priner (PRNR3)
A primeira empresa com alto potencial lucrativo é a Priner. Para quem ainda não a conhece, ela é “filha” de outra companhia listada na bolsa brasileira, a Mills.
Até 2013, a Priner pertencia à locadora de plataformas elevatórias quando ainda oferecia apenas serviços relacionados ao acesso, como montagem de andaimes.
Atualmente, a companhia possui um portfólio de atividades extremamente diversificado para atender o segmento de engenharia industrial, como o próprio acesso, pintura industrial, isolamento, infraestrutura, inspeção e muitos outros.
A diversificação operacional da empresa se deu junto à grande expansão apresentada por ela nos últimos anos, que foi impulsionada pelo seu IPO no início de 2020.
Com uma captação de mais de R$ 170 milhões, a Priner investiu grande parte dos recursos em crescimento inorgânico, com seis aquisições desde então, que contribuíram para que ela ampliasse ainda mais seu leque de serviços prestados e acessasse novos mercados.
Com as aquisições e também investimentos em mão de obra qualificada, a companhia vem conseguindo renovar recorde em cada resultado trimestral divulgado.
Desde 2017, inclusive, a companhia já multiplicou seu Ebitda por mais de 23x, saindo de R$ 5 milhões para mais de R$ 115 milhões atuais.
Mesmo com todo o crescimento apresentado nos últimos anos, a Priner só possui cerca de 4% de seu mercado — ou seja, ainda existe muito espaço para avançar.
Recentemente, a empresa realizou um follow-on em que captou R$ 90 milhões para acelerar sua expansão. A expectativa é que, nos próximos anos, consiga dobrar ou até mesmo triplicar de tamanho com a captação.
Sim, estamos falando de uma das maiores oportunidades da bolsa, ainda mais negociando a apenas 5x Ebitda.
Sendo assim, recomendamos que aproveite e compre PRNR3 antes que o mercado precifique o seu grande potencial.
2. Lavvi (LAVV3)
A segunda small cap mais promissora da bolsa brasileira é a Lavvi. Fundada em parceria com a Cyrela em 2016 , a empresa foca em entregar empreendimentos imobiliários de destaque em diversas regiões nobres de São Paulo.
Devido à exclusividade de seus projetos, a empresa realiza poucos lançamentos por ano — atualmente, lança em média quatro por ano, sendo um por trimestre.
Os lançamentos de alta qualidade, e muitas vezes exclusivos, permitem uma maior velocidade de vendas.
Com isso, a Lavvi consegue entregar a maior VSO (venda sobre oferta) do mercado de alta renda em São Paulo, tendo registrado 57% em 2022 e 54% nos últimos 12 meses, além de ter apenas 0,5% de estoque concluído (obras prontas).
A exclusividade da tese e sua eficiência operacional também vêm trazendo ótimos frutos para os números financeiros da companhia.
Atualmente, além dos melhores indicadores operacionais, a incorporadora também possui a melhor margem líquida (22%) do segmento em que atua, além do maior ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), de 15%.
A Lavvi negocia a cerca de 1,2x seu patrimônio líquido, ligeiramente acima de seus pares comparáveis. Porém, é essencial que o múltiplo das empresas do setor seja analisado em conjunto de seus ROEs, que, como mencionado acima, são inferiores aos de Lavvi.
Além disso, a empresa negocia a menos de 6x lucros para 2024, abaixo de suas concorrentes, e ainda paga ótimos dividendos para seus acionistas, com um dividend yield (rendimento) atual de mais de 8%.
Esqueça Eztec (EZTC3), Trisul (TRIS3) e outras. No momento, LAVV3 é a melhor oportunidade entre as incorporadoras de alta renda!
3. Mills (MILS3)
A terceira ação que pode dobrar de valor é a Mills. A companhia foca no aluguel de plataformas elevatórias e formas e escoramentos (painéis, formas, estruturas, torres e escoras) para grandes obras de engenharia e infraestrutura.
Além dos dois segmentos, a Mills foca sua estratégia no segmento de máquinas e equipamentos da linha amarela (tratores, escavadeiras, pás carregadeiras, retroescavadeiras, caminhões, entre outros).
Nossa tese de investimento é baseada na oportunidade de consolidação desse mercado.
No Brasil, o setor de aluguel de máquinas e equipamentos ainda é bastante pulverizado e pouco penetrado.
Como tamanho é documento para as empresas de aluguel, um mercado ainda bastante pulverizado é uma ótima oportunidade para Mills se consolidar.
É importante mencionar que a Mills é líder no segmento de locação de plataformas elevatórias, com 30% de market share, e de formas e escoramentos, com 50%.
Com uma alavancagem baixa (0,8x Ebitda), a companhia está avaliando novas aquisições para se consolidar no segmento de linha amarela.
Os planos da Mills para dobrar de tamanho nos próximos anos se resumem a fazer com que o segmento de linha amarela atinja o mesmo tamanho do que o de plataformas elevatórias atualmente.
Negociando a 5x Ebitda e 12x lucro histórico, recomendamos compra para MILS3.
4. GPS (GGPS3)
Operando desde 1962, o Grupo GPS é líder de mercado no segmento de Facilities, com cerca de 41% da receita total; Segurança, com 28% da receita total; Manutenção e Serviços Industriais, com 24%; e Logística Indoor, com 7% da receita líquida.
Com décadas de mercado, a GPS quase não enfrenta concorrência direta, devido a fatores como marca forte, excelente gestão de recursos, foco na geração de Ebitda (gestão de custos) e alavancagem baixa, além de um excelente track record de crescimento médio de 30% ao ano, com expertise em aquisições.
Esse conjunto tem gerado à companhia um excelente histórico de rentabilidade com ROE a 22%, ROIC 12% e baixa alavancagem (0,7x dívida líquida/Ebitda).
Em suma, a tese de investimentos é focada na terceirização de mão de obra no Brasil, com grande espaço para crescimento quando comparada a outros mercados.
O Brasil tem apenas 1,1% de sua mão de obra alocada em facilities management, comparado a uma média global de 1,8% em outros mercados selecionados.
Outro dado importante é que esse grupo de serviços (facilities management) representa apenas 0,8% do PIB no país vs. 1,6% da média global para os países analisados.
O mercado de terceirização de mão de obra tem ganhado destaque com as discussões do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a reforma tributária da folha de pagamento, o que pode incentivar mais ainda a aceleração da terceirização em 2024.
Esse é apenas um ponto que reforça a nossa tese em GPS, além da forma como a companhia executa seus negócios.
Esperamos um ótimo 2024 para a empresa, com crescimento médio de +25% em receita líquida, +20% Ebitda e +20% no lucro líquido.
Negociada a 10x Ebitda, GGPS3 está entre as recomendações da Nord Investimentos.
5. Netflix
As próximas duas recomendações foram avaliadas pela nossa equipe de análise para aumentar a diversificação da sua carteira de investimentos por meio de ativos no exterior.
O primeiro deles é a pioneira do streaming, Netflix (NFLX34). Fundada em 1997, a empresa revolucionou a indústria do entretenimento doméstico.
A Netflix anunciou um impressionante total de 260 milhões de usuários pelo mundo — sendo 13,1 milhões de novos assinantes em apenas três meses no final de 2023.
O investimento em Netflix se baseia nos seguintes pontos:
i) Líder no segmento de streaming: a Netflix vem se destacando como a grande líder na corrida dos streamings.
ii) Catálogo mais completo: entre todas as empresas do mercado, a Netflix conta com uma mistura de títulos próprios e também títulos de terceiros. Recentemente, a plataforma também incorporou esportes (WWE Raw em 2025) ao catálogo, seguindo uma tendência crescente no universo do streaming, como Amazon e Apple TV+ já vinham fazendo.
Como principais riscos, temos: i) desaceleração do crescimento e ii) a concorrência no setor de streaming.
6. TSMC
Produzindo chips para as mais diversas empresas do mundo (Apple, Nvidia e Broadcom), a TSMC, Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, é a sexta melhor ação para você investir em 2024.
Nossa tese de recomendação desse ativo se baseia no fato de a TSMC ser uma parte fundamental na cadeia logística de praticamente todos os aparelhos eletrônicos que usamos em nosso dia a dia — celulares, carros, televisões e relógios.
Em termos de balanço, a empresa segue bastante saudável, com saldo positivo de US$ 25 bilhões em caixa, já subtraindo as dívidas.
Em termos de projeções, a TSMC espera atingir uma receita entre US$ 80-90 bilhões e uma margem bruta entre 50% e 55% em 2024.
Como fatores de risco para a tese, enxergamos: i) desaceleração da indústria de semicondutores e ii) uma possível invasão da China a Taiwan, o que poderia desencadear uma guerra entre o gigante asiático e os EUA. O cenário de uma invasão militar chinesa é pouco provável no curto prazo.
A Nord Investimentos disponibilizou essas recomendações de forma gratuita para ajudar você a fazer escolhas inteligentes.
Acreditamos que o primeiro passo é se informar.
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