Nike (NIKE34) tem potencial para subir 160%. É bom ficar de olho
Ação da Nike cai -62% desde as máximas; saiba o que aconteceu e se derrocada é oportunidade de compra

A Nike (NYSE: NKE; B3:NIKE34) apresentou seus resultados para o terceiro trimestre de 2025 de seu calendário fiscal, encerrado em 28 de fevereiro. Na esteira da divulgação dos resultados, as ações da companhia encerraram em queda de -5% na última sexta-feira, 21, refletindo a reação negativa do mercado.

Apesar da reação negativa aos resultados apresentados, a Nike trouxe números acima do esperado — mas com quedas na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O que desagradou investidores?
As receitas da companhia atingiram US$ 11,3 bilhões, uma queda de -9% na comparação anual. O lucro bruto teve uma queda de -16% com uma perda de 3,2% comparado com o 3T24. Já o lucro líquido foi de apenas US$ 800 milhões, queda de -32% no ano.
Olhando de forma um pouco mais minuciosa os números da empresa, vemos que as vendas da marca Nike nos EUA (que correspondem a 45% do total) tiveram quedas de apenas -4% — melhor do que alguns analistas estavam projetando.
No entanto, quando olhamos para os números das vendas da Nike na China (correspondem a 16% do total), o mercado esperava uma queda na faixa dos -10%, mas a empresa apresentou uma diminuição de -17% nesse país.
Esse foi o principal ponto de alerta dos investidores em relação à companhia. Dos últimos quatro trimestres, este foi o terceiro em que teve queda de receitas na China. Um desempenho muito abaixo do esperado em um dos mercados onde a companhia esperava continuar crescendo.

Desvalorização já chega a -62% desde o pico
Infelizmente, para os acionistas da companhia, o fraco desempenho financeiro não é algo novo. Em junho de 2024, após divulgar seus resultados, suas ações caíram -20% no dia após a divulgação.
Olhando para um horizonte um pouco maior, as ações da empresa já tiveram quedas de -62% desde suas máximas históricas em 2021.

O que torna essa diminuição ainda pior para os investidores é ver o custo de oportunidade que eles perderam ao manter as ações da empresa.
Se olharmos nos últimos cinco anos, o desempenho da Nike ainda é positivo, tendo registrado uma alta acumulada de +15%. Mas, quando comparamos com o índice S&P 500, o desempenho foi 10x maior — tendo uma valorização de +150% no período.
Será que a Nike tem a capacidade de reverter o cenário negativo e retomar os patamares atingidos em 2021?
Trocando o tênis no meio da corrida
Ao longo dos últimos anos, a empresa tomou algumas decisões que provocaram o atual revés operacional em que se encontra. A Nike, que sempre dependeu de seus parceiros comerciais, optou no começo da década por ampliar os canais DTC. Isso fez com que ela não desse tanto valor a outras marcas de varejo, enquanto destinava seus esforços para reforçar suas lojas próprias e canais online de vendas.
A pandemia acelerou ainda mais essa migração, o que, na época, fazia muito sentido. As pessoas não vão às lojas/shoppings, consequentemente, vale mais a pena o esforço no site da própria Nike.
Mas essa decisão acabou sendo “um tiro que saiu pela culatra”. Esses parceiros comerciais, marginalizados pela empresa, deram espaço para o crescimento de novos competidores. “Se a Nike não quer, não tem problema. Nós queremos”.
O resultado disso foi uma perda relevante de participação no mercado de calçados esportivos ao longo dos últimos anos.

Entre 2016 e 2023, estima-se que o mercado de calçados esportivos tenha aumentado em US$ 8 bilhões. No entanto, nesse mesmo intervalo, a Nike perdeu US$ 1 bilhão desse segmento.
Negligenciando um importante canal de vendas (lojas de corrida), a própria Nike pavimentou o caminho para que marcas em ascensão roubassem um pedaço do mercado dela. Empresas como a On Running e a Hoka foram algumas das que mais se beneficiaram no período. Hoje, ambas somadas já representam um pouco mais de 6% do mercado total de calçados esportivos na América do Norte.
Mas a Nike está longe de ser sedentária. A empresa vem implementando um “turnaround” em seus negócios, buscando reconquistar essa fatia de mercado perdida.
Em setembro do ano passado, a companhia trouxe um novo CEO para mudar um pouco a forma de pensar e implementar as estratégias. O plano “win now” do Elliot Hill já começou a mostrar alguns pontos positivos — batendo as expectativas do mercado, por exemplo. O projeto passa por retomar as parcerias com varejistas e usar o site e canais diretos da marca como uma linha mais “premium”.
Consequentemente, para readaptar os estoques atuais, a Nike vem promovendo promoções bastante agressivas — especialmente na China. Justamente por isso, o resultado veio muito abaixo do esperado na região.
Junto a essa reformulação de estoques, a empresa quer retomar um ritmo mais rápido em relação à inovação em produtos e ampliar ainda mais sua conexão com os esportes.
É um processo longo e que deve levar alguns anos ainda. Caso o processo de turnaround ocorra conforme as expectativas da empresa e do mercado, a Nike deve retomar o crescimento somente em 2027, alcançando novamente seus melhores níveis de receita (registrados em 2023 e 2024) apenas em 2028.
A Nike começou a dar sinais de que pode estar correndo na direção certa. Vale acompanhar com bastante atenção.
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