Melhores ações americanas para investir em 2025
Entre as melhores ações americanas, está uma farmacêutica com alta recorrência de receitas e crescimento de 30% ao ano desde 2018

Investir nas bolsas dos Estados Unidos segue sendo uma das estratégias mais poderosas para quem busca diversificação internacional, exposição a setores inovadores e potencial de crescimento sólido. Em 2025, algumas empresas se destacam como promissoras oportunidades para o investidor brasileiro que deseja internacionalizar seu portfólio.
Entre os destaques estão gigantes como Meta, além de empresas menos conhecidas por aqui, mas com modelos de negócio altamente rentáveis, como a Halozyme.
Continue no conteúdo para saber quais são as melhores ações americanas para investir em 2025, além de um guia prático sobre como comprar esses ativos direto do Brasil.
Sumário
- Melhores ações americanas para investir em 2025
- Como investir em ações americanas do Brasil?
- Quais ações americanas pagam mais dividendos?
- Ações americanas favoritas dos brasileiros
- Vale a pena investir em ações americanas em 2025?
Melhores ações americanas para investir em 2025
Halozyme (HALO)
A Halozyme opera no setor de saúde com foco em medicamentos subcutâneos (SC), utilizando duas tecnologias principais:
- ENHANZE: baseada na enzima patenteada rHuPH20, que facilita a aplicação de medicamentos SC em grandes volumes, substituindo aplicações intravenosas em muitos casos. Essa enzima degrada o ácido hialurônico, permitindo maior penetração e difusão de medicamentos e fluidos.
- Autoinjectores: dispositivos que auxiliam na aplicação de diversos medicamentos.
A empresa licencia sua tecnologia para grandes farmacêuticas, como Roche, Pfizer, Janssen e outras, gerando receita por meio de pagamentos adiantados de licenciamento e royalties contínuos.
O modelo de negócios é eficiente, pois a Halozyme depende de suas parceiras para desenvolver e comercializar medicamentos, mantendo baixos custos operacionais e de capital.
A Halozyme vem apresentando crescimento sólido, com receitas aumentando a uma média de 30% ao ano desde 2018 e projeção de crescimento anual de 16% até 2028. A empresa também mantém margens elevadas, com Ebitda projetado para crescer 25% ao ano no mesmo período.
Atualmente, suas ações negociam a múltiplos atrativos, com projeções de 13 vezes o lucro em 2025, sugerindo uma boa oportunidade de investimento, especialmente no mercado americano.

Meta (META)
A Meta, de Mark Zuckerberg, é uma empresa americana de tecnologia que opera plataformas de redes sociais. Esse grupo de aplicativos fica dentro de uma vertente da companhia chamada Family of Apps (FoA):
Entre suas plataformas temos:
- Facebook;
- Messenger;
- Instagram;
- WhatsApp;
- Threads.
A Meta gera a maior parte de sua receita por meio de anúncios exibidos em suas plataformas, como Facebook, Instagram e WhatsApp, que juntas possuem mais de 3,2 bilhões de usuários mensais.
Apesar desse pilar principal, a empresa também investe em tecnologias emergentes por meio do Reality Labs (RL), focado em realidade aumentada (AR) e no Metaverso, mas que ainda opera com prejuízo bilionário devido aos altos custos de desenvolvimento.
O mercado projeta um crescimento médio das receitas da Meta entre 10-15% ao ano, com uma desaceleração no longo prazo.
Para a geração de caixa, espera-se uma curva inversa, com crescimento menor no curto prazo devido a altos investimentos, mas acelerando no futuro.
Apesar das incertezas sobre os retornos desses investimentos, muitos analistas consideram a Meta uma oportunidade de investimento, dado o potencial de geração de resultados.
Atualmente, a Meta negocia a 24 vezes o lucro, e 22,5 vezes em 2025, aproximando-se do nível do S&P 500.
Netflix (NFLX)
A Netflix também é uma das melhores ações americanas para investir hoje. A empresa se destaca no setor de streaming com um modelo de negócios baseado em assinatura e forte investimento em conteúdo original.
No 4º trimestre de 2024, a companhia surpreendeu o mercado ao registrar um crescimento expressivo na base de assinantes e resultados financeiros acima das projeções, refletindo uma estratégia eficiente de monetização e expansão global.
O seu lucro cresceu 99% na comparação anual, impulsionado pelo aumento na receita e controle de custos.
Além disso, a Netflix anunciou um programa de recompra de ações de US$ 15 bilhões, reforçando seu compromisso com a valorização dos acionistas.
Apesar da concorrência crescente no setor, a empresa segue com perspectivas favoráveis, negociando atualmente a múltiplos atrativos e mantendo-se como uma das principais apostas para crescimento sustentável no mercado de tecnologia e entretenimento.
Crocs (CROX)
A Crocs é uma marca global de calçados conhecida por seu design icônico e conforto. Com presença forte nos Estados Unidos e expansão internacional, a empresa se consolidou no setor por meio de uma identidade visual marcante e uma base de clientes fiel. Embora seus produtos sejam facilmente replicáveis, o reconhecimento da marca é um diferencial competitivo difícil de ser igualado.
Nos últimos anos, a empresa impulsionou seu crescimento por meio da aquisição da Hey Dude, marca de calçados voltada para o público masculino e feminino. Esse movimento estratégico contribuiu para uma expansão robusta, com uma taxa média de crescimento de 29% ao ano nos últimos cinco anos. Para o futuro, a expectativa é de um crescimento mais moderado, entre 5% e 10% ao ano, com possibilidade de novas aquisições que agreguem valor ao portfólio.
Apesar de não distribuir dividendos, a Crocs mantém um programa consistente de recompra de ações, girando em torno de 4% ao ano. Seu principal desafio está no setor de varejo de moda, altamente competitivo e sujeito a mudanças nas preferências dos consumidores. Além disso, a empresa depende de um cenário econômico favorável para sustentar o nível de demanda por seus produtos.
Em termos de valuation, a Crocs não apresenta um crescimento agressivo para os próximos anos, mas seus múltiplos indicam que a empresa pode estar subvalorizada. Para investidores que buscam uma companhia consolidada no segmento, suas ações podem representar uma oportunidade atrativa.
Como investir em ações americanas do Brasil?
O investidor brasileiro tem diversas formas de acessar o mercado dos Estados Unidos, com opções que vão além das ações tradicionais. A seguir, explicamos os principais tipos de investimento disponíveis:
- Ações globais: papéis de empresas listadas nas bolsas americanas. Essas ações permitem ao investidor participar diretamente dos lucros e crescimento das maiores empresas do mundo;
- ETFs (Exchange-Traded Funds): fundos que replicam índices como o S&P 500 ou o Nasdaq-100. Ao comprar uma cota de ETF, você investe automaticamente em dezenas ou até centenas de empresas ao mesmo tempo, ganhando em diversificação;
- REITs (Real Estate Investment Trusts): são os equivalentes americanos dos FIIs. Investem em imóveis como shoppings, escritórios, data centers, hospitais e centros logísticos. Costumam pagar dividendos recorrentes e são uma boa fonte de renda em dólar;
- Bonds: títulos de renda fixa emitidos por empresas ou governos americanos. Funcionam como “empréstimos” — o investidor recebe pagamentos de juros e o valor investido de volta no vencimento, com rendimento em dólar;
- ADRs (American Depositary Receipts): recibos de ações de empresas estrangeiras negociados nos EUA. Com eles, é possível investir em companhias da Europa, Ásia e outras regiões sem sair da bolsa americana.
Esses ativos podem ser adquiridos de duas formas:
- Por uma conta internacional: o investidor pode abrir uma conta em uma corretora com acesso direto às bolsas americanas, como Nasdaq e NYSE. Hoje, plataformas como Avenue, Inter, Nomad e BTG oferecem esse serviço com experiência simplificada e suporte em português.
- Pela B3: a bolsa brasileira também permite acesso indireto por meio de BDRs (recibos de ações estrangeiras) e ETFs internacionais listados no Brasil, como o IVVB11 (que replica o S&P 500). Essa é uma forma prática de investir fora usando reais, sem a necessidade de remessa internacional.
Quais ações americanas pagam mais dividendos?
As ações Dividend Aristocrats são empresas que aumentam seus dividendos anualmente há pelo menos 25 anos consecutivos.
Já as Dividend Kings fazem isso por 50 anos ou mais. Ambas representam estabilidade e resiliência financeira — essa classificação é amplamente reconhecida pelo mercado e monitorada por plataformas especializadas como Sure Dividend e Dividend.com.
Investir em ações de empresas que pagam dividendos traz diversas vantagens, como a geração de uma renda passiva previsível, ideal para quem deseja viver de dividendos ou complementar a aposentadoria. Além disso, essas empresas costumam ter maior estabilidade financeira, já que aquelas que distribuem dividendos de forma consistente tendem a ser mais maduras e resilientes.
Outro ponto positivo é a proteção em tempos de crise, pois, mesmo que o preço das ações caia, os dividendos ajudam a compensar o rendimento total. O reinvestimento dos dividendos também é uma estratégia eficiente, permitindo potencializar os ganhos ao longo do tempo por meio do efeito dos juros compostos.
Exemplos de Dividend Aristocrats em 2025
A seguir, seguem as melhores ações americanas que pagam dividendos. Lembrando que são empresas que fazem parte do índice oficial S&P 500 Dividend Aristocrats, da S&P Global. A lista foi atualizada em março de 2025.
- Target Corporation (TGT);
- Brown-Forman (BF.B);
- Sysco Corporation (SYY);
- Becton Dickinson & Co. (BDX);
- Nordson Corporation (NDSN).
Exemplos de Dividend Kings em 2025
Já de acordo com a lista atualizada em março de 2025, as melhores ações americanas para investir para quem tem uma estratégia focada em dividendos são:
- PepsiCo;
- PPG Industries (PPG);
- SJW Group (SJW);
- Gorman-Rupp Co. (GRC);
- Stepan Co. (SCL).
Vale ressaltar que essas empresas não fazem parte da carteira da Nord, ou seja, a lista não reflete nossa opinião. Além de dividendos, analisamos também o histórico de crescimento dos lucros, a solidez financeira e a capacidade de adaptação ao mercado.
Esses fatores são essenciais para avaliar a sustentabilidade dos dividendos ao longo do tempo, garantindo que os investidores possam contar com retornos consistentes em suas carteiras.
No caso de investidores brasileiros que recebem dividendos de empresas americanas, há tributação na fonte de 30%, percentual que pode ser reduzido para 25% com o preenchimento do formulário W-8BEN, que informa a condição de estrangeiro.
Esses rendimentos precisam ser declarados no Imposto de Renda como “Rendimentos Recebidos de Pessoa Jurídica no Exterior”, mas não há tributação adicional no Brasil sobre os dividendos já taxados nos EUA. No entanto, se houver venda das ações com lucro, incide o Imposto de Renda sobre o ganho de capital.
Ao comparar o dividend yield das ações americanas e brasileiras, observa-se que, enquanto no Brasil o rendimento médio varia entre 6% e 8% ao ano, com pagamentos trimestrais ou semestrais, nos EUA a média fica entre 1,5% e 3% ao ano, com pagamentos trimestrais.
Apesar do menor dividend yield nos EUA, o foco das empresas americanas está no crescimento constante do dividendo, diferentemente do Brasil, onde os yields tendem a ser mais elevados, mas com menor previsibilidade e consistência.
Ações americanas favoritas dos brasileiros
Segundo a B3, os BDRs mais negociados por brasileiros em 2024 foram:
- Inter&Co (INBR32);
- Nvidia (NVDC34);
- Nu Holdings (ROXO34);
- XP Inc. (XPBR31);
- Aura Minerals (AURA33).
Além disso, plataformas como Avenue apontaram forte interesse em ETFs como TFLO, IBIT, VOO e QQQ. A busca por tecnologia, renda passiva e proteção cambial marcou o comportamento dos investidores brasileiros.
O comportamento do investidor brasileiro revela uma combinação de fatores: busca por crescimento em empresas inovadoras, familiaridade com marcas populares e acesso facilitado por plataformas como Avenue, Inter e Nomad.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, investidores pessoas físicas também priorizaram ações de tecnologia — como Nvidia, Apple, Tesla, Amazon e Microsoft — mas com uma distribuição mais ampla entre ETFs e ações de empresas tradicionais, incluindo small caps, IPOs e ativos de menor valor unitário, como Ford e AT&T.
O investidor americano tende a diversificar mais dentro de seu próprio mercado. Já o brasileiro, em sua maioria, concentra a alocação internacional em grandes empresas conhecidas e em setores ausentes na bolsa local, como saúde, semicondutores e cloud computing.
Apesar disso, houve crescimento também no número de brasileiros investindo em renda fixa americana, especialmente títulos do Tesouro via ETFs como TFLO e BIL, mostrando um movimento mais conservador e estratégico.
Esse cenário demonstra que o investidor brasileiro está amadurecendo: tanto o público mais jovem e arrojado quanto o de perfil mais conservador têm buscado exposição internacional para diversificação, proteção cambial e acesso a oportunidades que vão além do mercado doméstico.
Vale a pena investir em ações americanas em 2025?
Sim. Em um cenário de incertezas locais e oportunidades globais, investir nos Estados Unidos pode ser uma forma inteligente de diversificar a carteira e buscar retorno em dólar. As empresas listadas nas bolsas americanas são líderes em seus setores e oferecem oportunidades que vão além do que está disponível na B3.
Se você busca exposição global, proteção contra o real e acesso às empresas mais inovadoras do mundo, as ações americanas devem fazer parte do seu portfólio em 2025. Nesse sentido, contar com uma consultoria de investimentos pode fazer a diferença na construção de um portfólio equilibrado e alinhado aos seus objetivos financeiros.

