A corrida dos bancos

Línguas queimadas e a distorção dos criptoativos

Luiz Pedro Andrade de Oliveira 30/07/2022 12:00 4 min
A corrida dos bancos

Olá, pessoal! Eu sou o Luiz Pedro, responsável pelo Nord Crypto Master, a carteira de criptoativos da Nord.

O ano é 2017. O Bitcoin e os Criptoativos têm seu primeiro momento de amplo conhecimento.

O pessoal da Faria Lima começa a falar sobre essa "tal moeda digital". Uns bem, outros mal, mas é como diz o ditado: "falem bem ou falem mal, mas falem de Bitcoin".

Uns viam uma grande oportunidade, outros viam uma grande bolha. O fato é que, na época, o Bitcoin, a Ethereum e alguns outros criptos começaram a se tornar populares entre os investidores tradicionais.

E, quando surge algo novo no mercado financeiro, todos correm para dar suas opiniões.

Normalmente, os influenciadores são os primeiros, depois as grandes instituições e, por fim, os órgãos reguladores.

Bancos não conseguem mais ignorar

Falando dos mais importantes, as instituições financeiras, de forma geral, eram totalmente avessas às criptos à época.

Já citei diversas vezes a postura de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, que falou abertamente que JP Morgan não teria nada relacionado a cripto e, se descobrisse que havia algum funcionário do JP negociando criptoativos, ele o demitiria pessoalmente.

Quem não era avesso a cripto era altamente reticente ou cético quanto à longevidade desse mercado e ao interesse dos clientes nele.

Para ser justo, havia algumas exceções. O Santander e o Citi saíram na frente em 2018. No Brasil, a XP chegou até a abrir uma corretora de criptoativos, a XDEX, que foi abandonada posteriormente. Foi o primeiro grande movimento de uma instituição financeira em direção aos criptoativos no Brasil.

Posteriormente, em 2019 e 2020, os grandes bancos do mundo começaram a oferecer produtos e serviços ligados a criptoativos: trusts, ETFs, fundos etc.

BTC chegou ao Brasil de carroça

Aqui no Brasil, como de costume, as coisas andaram um pouco mais lentas. Em 2019, vimos alguns casos de bancos fechando contas ligadas a corretoras de criptoativos e advogando contra essa classe de ativos.

Tudo mudou depois que a B3 abraçou o lançamento do ETF de criptoativos HASH11 e ele foi um sucesso. Em 2021, foi o ETF mais negociado da bolsa de valores do Brasil e abriu caminho para diversos outros.

Frente a isso, ficou claro para os bancos, tanto tradicionais quanto digitais, que havia um interesse muito grande do público de investimento em criptoativos. Em vista disso, quem quer lucrar não pode ficar preso em falas do passado. É só fingir que nada aconteceu e “vida que segue”.

No mesmo ano, vimos o Itaú, um dos “inimigos” de cripto no passado, lançando fundos de blockchain, ETF de cripto na sua plataforma, e fazendo propaganda disso no horário nobre da TV.

Neste ano, vimos os bancos digitais percorrerem o mesmo caminho. Primeiro, proibiram o PIX para Binance. Depois, lançaram seus serviços de cripto. NuBank, Inter e PicPay são os de maior destaque.

Nesta semana, foi a vez do Santander também dar o seu passo.

É melhor investir por banco ou corretora?

Em meio a tantas opções, a principal dúvida que surge é: “vale a pena investir em cripto pelo meu banco?”

Independentemente de qual desses é o seu banco, eu não recomendo comprar cripto por eles, por alguns motivos específicos – o último é o mais importante!

O primeiro são as taxas que, em geral, são muito superiores às praticadas nas corretoras de criptoativos.

O segundo é o preço praticado por ativo. Não há um referencial padronizado para o preço de cripto, é algo arbitrário e cobrado pelo banco de forma independente. Não há “livro de oferta” nos bancos.

O terceiro ponto é a baixa diversidade de criptos disponíveis. É impossível montar uma carteira diversificada como a que temos aqui no Nord Crypto Master.

Por fim, e mais importante: você não tem a posse das suas criptos.

O grande valor por trás dos criptoativos é você ter controle total sobre as suas posses. Comprar um “recibo” de criptoativos no seu banco é ir contra toda a razão por trás de comprar aquele ativo ou investir nele de alguma forma.

É mais ou menos a mesma coisa que o COE: a ferramenta por trás é boa, só não está sendo utilizada da forma correta (para o investidor).

Portanto, se você quer investir em criptoativos, eu sugiro que faça isso da forma certa: através de boas corretoras de criptoativos.

Se você não sabe como fazer isso, temos um curso completo de como comprar e armazenar suas criptos de forma segura e eficiente. Torne-se Membro e assista agora.

Quero conhecer o Nord Crypto Master

Na área de membros, caso você tenha qualquer dúvida ao assistir o curso, você pode conversar diretamente comigo ou com a minha equipe pelo Telegram do Nord Cripto para tirar qualquer dúvida, a qualquer hora!

Espero você do outro lado.

Um abraço,

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