5 piores investimentos para a sua carteira

COE está entre as cinco piores classes de ativos que frequentemente são mal recomendadas. Descubra quais são as outras.

Nord Research 17/06/2024 12:37 4 min
5 piores investimentos para a sua carteira

O mercado financeiro oferece diversas oportunidades, mas também esconde armadilhas para os desavisados. Infelizmente, a má alocação de recursos muitas vezes é incentivada por agentes do mercado, que, visando comissões, recomendam produtos desalinhados com os interesses dos investidores. 

Vamos detalhar cinco dessas classes de ativos que frequentemente são mal recomendadas.

Quais são os piores investimentos?

  • COE
  • CRIs, CRAs e debêntures sem diligência
  • Operações estruturadas e opções
  • Fundos Centipados
  • Fundos de crédito como reserva de emergência

1. COE (Certificado de Operações Estruturadas)

Composição e Estrutura: Os COEs combinam derivativos como opções de compra e venda para seguir uma tese específica, com prazo de vencimento definido. A promessa de proteção de capital pode ser ilusória, pois o valor nominal protegido pode ser corroído pela inflação e taxa básica de juros ao longo de 3 a 5 anos, além das altas penalidades para saídas antecipadas.

Conflito de Interesses e Distribuição: A remuneração dos distribuidores cria um incentivo para recomendar COEs, mesmo quando outras opções seriam mais adequadas. Estudos da FGV mostram que a maioria dos COEs tem performance inferior a títulos públicos federais, especialmente quando comparados com o CDI.

2. CRIs, CRAs e Debêntures sem Diligência na Análise de Crédito

Risco de Crédito: Títulos como CRIs, CRAs e debêntures oferecem boas oportunidades, mas sem a devida análise de crédito, podem se tornar extremamente arriscados. A falta de diligência na escolha dos emissores, especialmente em um ambiente de juros elevados e endividamento corporativo crescente, aumenta o risco de inadimplência.

Distribuição Incentivada: Muitos desses títulos são vendidos por suas altas taxas de remuneração, sem uma avaliação adequada dos riscos. Casos recentes, como os da Light e das Americanas, destacam a importância de uma análise rigorosa de crédito.

3. Operações Estruturadas e Opções

Complexidade e Risco: Operações estruturadas e opções são instrumentos avançados que exigem alto conhecimento para serem utilizados corretamente. Apesar de poderem oferecer grandes ganhos, como um exemplo de call spread de BOVA11 que rendeu +444%, são inadequados para investidores comuns sem acompanhamento especializado.

Distribuição Inapropriada: Muitos investidores acabam expostos a esses produtos complexos por recomendação de assessores que buscam altas comissões, resultando em investimentos desnecessários e mal compreendidos.

4. Fundos Cetipados

Falta de Transparência e Liquidez: Fundos negociados em mercados de balcão, como FIIs Cetipados, carecem de transparência na precificação e liquidez. A ausência de um preço de mercado claro facilita a ocultação de taxas e dificulta a venda das cotas, resultando em uma ilusão de estabilidade.

Distribuição Facilitada: Esses fundos são promovidos como alternativas mais seguras aos FIIs listados, mas a falta de transparência e a iliquidez tornam-nos arriscados, especialmente em momentos de necessidade de liquidez rápida.

5. Fundos de Crédito como Reserva de Emergência

Risco Inadequado: Fundos de crédito privado são frequentemente recomendados como reservas de emergência devido à sua liquidez diária e retornos ligeiramente superiores ao CDI. No entanto, esses fundos carregam riscos de crédito que podem resultar em perdas inesperadas, inadequadas para uma reserva de emergência.

Distribuição Incentivada: A preferência por fundos de crédito que remuneram distribuidores em detrimento de fundos DI tradicionais, que são mais seguros mas menos rentáveis para o distribuidor, expõe os investidores a riscos desnecessários.

O que significa ter conflito de interesse?

O denominador comum entre esses ativos é o desalinhamento de interesses entre o investidor e os distribuidores. As recomendações muitas vezes visam maximizar comissões e bônus, em vez de atender às reais necessidades dos clientes. 

O conflito de interesse sempre ocorre quando há motivações próprias, em especial financeira, indo em primeiro lugar em contrapartida aos interesses e necessidades dos clientes.

A falta de transparência e o incentivo financeiro distorcem as decisões de investimento, colocando em risco o patrimônio dos investidores.

Como solucionar o conflito de interesse?

A Nord Wealth se destaca por sua abordagem transparente e alinhada com os interesses dos clientes. Como uma consultoria sem comissões de produtos específicos, nossa única motivação é oferecer as melhores recomendações para alcançar seus objetivos financeiros.

Para montar uma carteira de investimentos realmente alinhada ao seu perfil de risco e objetivos financeiros, conte com a ajuda de especialistas. Agende uma reunião com a Nord Wealth e descubra como podemos otimizar seus investimentos, sem conflitos de interesse.

Clique aqui e agende uma conversa conosco

Tópicos Relacionados

Compartilhar