3 melhores ações para investir a curto prazo e se beneficiar da queda da Selic
Nesta quarta-feira, 2, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve iniciar o ciclo de corte na Selic, atualmente em 13,75% ao ano.
O mercado diverge entre um corte de 0,25 ou 0,50 p.p (pontos percentuais). A decisão será comunicada após o fechamento do mercado.
Independentemente do ritmo inicial, acreditamos que a queda da Selic deve garantir a continuidade do fluxo comprador para ativos de bolsa.
As principais altas mais recentes têm sido nos setores mais sensíveis às taxas de juros e que vinham sofrendo bastante com a manutenção da Selic.
Desde a mínima, em 23 de março de 2023, o Índice Small Cap (SMLL) valorizou +34,3%, enquanto o Ibovespa (IBOV) subiu +23,8%.
Sendo assim, selecionamos três recomendações da carteira Smart Money para comprar em agosto.
Confira, a seguir, as 3 melhores ações para investir a curto prazo e se beneficiar com a queda da Selic.
Inter (INBR32)
O Inter possui praticamente todo o seu valor nos lucros futuros. Com isso, a redução das taxas de desconto utilizadas nos valuations, que acompanha a queda da Selic, aumenta consideravelmente o valor presente da ação, que mesmo depois de subir +147% nos últimos meses, ainda negocia a apenas 1x seu patrimônio líquido.
Na comparação com seu principal par na bolsa, o Inter também negocia com um desconto significativo. O Nubank vale R$ 177 bilhões na bolsa (24x mais do que o Inter) e negocia a 8x seu patrimônio líquido.
Adicionalmente, o mercado ainda não atualizou suas projeções para corresponderem ao guidance que foi passado pela empresa, o Inter tem como meta entregar um lucro de R$ 5 bilhões em 2027, se ele entregar apenas metade do guidance, está negociando a menos de 3x lucros futuros.
Além disso, a queda dos juros também tem efeitos diretos nos resultados do Inter. A inadimplência tende a ser reduzida e o crescimento da carteira de crédito deverá voltar a acelerar, assim como as vendas no marketplace e a demanda por produtos de investimentos em renda variável voltarão a ser mais fortes.
Nos próximos cinco anos, o Inter pretende continuar crescendo em um ritmo acelerado, mas dando mais ênfase ao engajamento, rentabilização da base, alavancagem operacional e aumento do uso do capital, tais iniciativas terão como resultado o aumento da eficiência e dos lucros.
Aproveite que o mercado ainda "não acordou" para o potencial do Inter e compre INBR32.
Mills (MILS3)
A segunda empresa com enorme potencial lucrativo é a Mills. A companhia foca no aluguel de plataformas elevatórias e formas e escoramentos (painéis, formas, estruturas, torres e escoras) para grandes obras de engenharia e infraestrutura. Além dos dois segmentos, a Mills está dando os primeiros passos no negócio de máquinas e equipamentos da linha amarela (tratores, escavadeiras, pás carregadeiras, retroescavadeiras, caminhões, entre outros).
Nossa tese de investimento é baseada na oportunidade de consolidação desse mercado. No Brasil, o setor de aluguel de máquinas e equipamentos ainda é bastante pulverizado e pouco penetrado.
Como tamanho é documento para as empresas de aluguel, um mercado ainda bastante pulverizado é uma ótima oportunidade para Mills se consolidar.
Lembrando que a companhia é líder no segmento de locação de plataformas elevatórias com 30% de market share e de formas e escoramentos com 50%.
Com uma alavancagem baixa (0,8x Ebitda), a Mills está avaliando novas aquisições para se consolidar no segmento de linha amarela.
Nos próximos anos, Mills quer dobrar de tamanho. Para isso, seu foco está em fazer com que o segmento de linha amarela atinja o mesmo tamanho do que o de plataformas elevatórias atualmente.
Mesmo subindo +68% desde a minha recomendação no Nord Deep Value, a MILS3 continua barata, pois proporciona visibilidade de crescimento e negocia a múltiplos baixos.
Com as ações negociando a 6x Ebitda e 11x lucro histórico, compre MILS3.
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Priner (PRNR3)
A Priner é uma empresa que atua no segmento de engenharia industrial, realizando serviços de manutenção preventiva e corretiva, inspeção, entre outros.
No início, a companhia prestava serviços para grandes empresas de setores como Óleo e Gás e Papel e Celulose, por meio do fornecimento de equipamentos e mão de obra para montagem de estruturas. Posteriormente, a Priner enxergou uma oportunidade de crescer em outros mercados por meio da oferta de serviços complementares aos já oferecidos.
Até 2013, a Priner pertencia a outra empresa da bolsa de valores (por coincidência, a anteriormente apresentada, Mills), quando foi comprada pelo fundo de investimento Leblon Equities. Em 2020, fez o seu IPO, captando R$ 165 milhões para acelerar seu crescimento.
Nos últimos três anos, já foram seis aquisições, que contribuíram para que a Priner fortalecesse ainda mais seu portfólio de serviços prestados e reduzisse a sua dependência em contratos com poucos clientes.
Além disso, com os movimentos inorgânicos (e orgânicos com investimentos em mão de obra), a empresa viu seu Ebitda saltar mais de +400% desde 2020.
Com o forte crescimento apresentado nos últimos anos, a Priner passou a ser negociada por um EV/Ebitda de menos de 4x Ebitda, mesmo após a forte valorização de +72,8% de suas ações em 2023.
Mesmo considerando os fatos de que ainda possui um valor de mercado de apenas R$ 460 milhões e uma baixa liquidez, que impede um maior interesse de fundos no curto prazo, as expectativas futuras para a companhia seguem excelentes.
A meta é chegar a uma receita de R$ 2 bilhões em 2026, o que representa um crescimento de +200% em relação ao que foi apresentado em 2022. Além disso, se suas ações continuarem a subir com a contribuição do ciclo de queda dos juros, a Priner poderá destravar sua liquidez com uma nova oferta (follow-on) em breve.
Com mais recursos em caixa, a empresa também poderá aumentar ainda mais sua visibilidade de crescimento no longo prazo. PRNR3 é, de fato, uma das maiores oportunidades entre as menores empresas da bolsa de valores brasileira!